segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Respiração Holotrópica


(Por Stanislav Grof)
Extraído, com adaptações por Alexandre Pedrassoli,
do livro "Psicologia do Futuro"

Teoria e Prática da Respiração Holotrópica

Nos últimos vinte anos, minha esposa Christina e eu desenvolvemos uma abordagem para a terapia e a auto-exploração que chamamos de "respiração holotrópica". Ela induz estados holotrópicos muito poderosos através de uma combinação de meios muito simples — respiração acelerada, música evocativa e uma técnica de trabalho corporal que ajuda a liberar bloqueios bioenergéticos e emocionais residuais. Em sua teoria e prática, esse método une e integra vários elementos de tradições antigas e aborígenes, filosofias espirituais orientais e psicologia profunda do ocidente.

O Poder de Cura da Respiração

A utilização de várias técnicas de respiração com propósitos religiosos e curativos pode ser encontrada no despertar da história da humanidade. Nas culturas antigas e pré-industriais, a respiração e o respirar desempenharam um importante papel em cosmologia, mitologia e filosofia, assim como foram uma ferramenta importante nas práticas rituais e espirituais. Desde o início da história, quase todos os principais sistemas psicoespirituais que buscam compreender a natureza humana têm visto a respiração como um elo crucial entre corpo, mente e espírito. Isso reflete-se claramente nas palavras que significam 'respiração' em várias línguas.

Na antiga literatura indiana, o termo prana significava não apenas respiração física e ar, mas também a essência sagrada da vida. Similarmente, na tradicional medicina chinesa, a palavra chi refere-se à essência cósmica e à energia da vida, assim como ao ar natural que respiramos com nossos pulmões. No Japão, a palavra correspondente é ki. O ki representa um papel de extrema importância nas práticas espirituais japonesas e nas artes marciais. Na Grécia antiga, a palavra pneuma significava tanto ar, como respiração, e espírito ou essência da vida. Os gregos também viam a respiração em relação de proximidade com a psique. O termo phren era usado tanto para o diafragma, o maior músculo envolvido na respiração, quanto para a mente (como podemos ver no termo esquizofrenia = mente cindida). Na antiga tradição hebraica, a mesma palavra, ruach, significava respiração e espírito criativo, que eram vistos como idênticos. Em latim, o mesmo nome era usado para respiração e espírito — spiritus. Similarmente, nas línguas eslavas, espírito e respiração têm a mesma raiz lingüística.

Há séculos que se sabe ser possível influenciar a consciência com técnicas que envolvem a respiração. Os procedimentos que têm sido usados para esse propósito, por várias culturas antigas e não-ocidentais, cobrem um âmbito muito grande, desde interferências drásticas na respiração até os exercícios sutis e sofisticados de várias tradições espirituais. Assim, a forma original do batismo, praticada pelos essênios, envolvia uma submersão forçada do neófito na água por um longo período. Isso resultava em uma poderosa experiência de morte e renascimento.

Pudemos confirmar, repetidas vezes, a observação de Wilhelm Reich de que as resistências e defesas psicológicas estão associadas à restrição da respiração (Reich, 1961). O aumento deliberado do compasso da respiração, tipicamente, relaxa as defesas psicológicas e leva à liberação e à emergência de materiais inconscientes (e superconscientes). A não ser que se tenha testemunhado ou experimentado esse processo pessoalmente, é difícil acreditar, com base puramente teórica, no poder e na eficácia dessa técnica.

O Potencial de Cura da Música

Na respiração holotrópica, o efeito de alteração da consciência ocasionado pela respiração é combinado com música evocativa. Como a respiração, a música e outras formas de tecnologia sonora têm sido usadas por milênios como poderosas ferramentas em práticas rituais e espirituais. Desde tempos imemoriais, o monótono soul de tambores, cânticos e outras técnicas de produção de som têm sido as principais ferramentas de xamãs em diferentes partes do mundo. Muitas culturas pré-industriais desenvolveram, de maneira bastante independente, ritmos de tambores que em experimentos laboratoriais têm notáveis efeitos sobre a atividade elétrica do cérebro (Jilek, 1974; Neher; 1961, 1962).

Em muitas culturas, a tecnologia sonora tem sido usada especificamente com propósitos curativos no contexto de intrincadas cerimônias. Os rituais de cura navajo, conduzidos por cantores treinados, têm uma complexidade assombrosa que já foi comparada às partituras das óperas de Wagner. A dança de transe dos kung bushmen, do deserto Kalahari na África, tem um enorme poder de cura, como já foi documentado em vários filmes e estudos antropológicos (Lee & Devore, 1976; Katz, 1976). O potencial de cura dos sincréticos rituais religiosos do Caribe e da América do Sul, como a santeria cubana ou a umbanda brasileira, é reconhecido nesses países por muitos profissionais que tiveram a tradicional formação ocidental. Casos notáveis de cura emocional e psicossomática ocorrem nos encontros de grupos cristãos que usam música, cânticos e dança, como os Domadores de Serpentes, ou as Holy Ghost People (Pessoas do Espírito Santo) e os pregadores ou membros da Igreja Pentecostal.

A música cuidadosamente selecionada parece ser valiosa principalmente nos estados holotrópicos de consciência, nos quais tem várias funções importantes. Ela mobiliza emoções associadas à memórias reprimidas, leva-as à superfície e facilita sua expressão. Ajuda a abrir a porta do inconsciente, intensifica e aprofunda o processo, e fornece um contexto significativo para a experiência. O contínuo fluxo de música cria uma onda portadora que ajuda o indivíduo a passar por experiências e impasses difíceis, superar as defesas psicológicas, render-se e soltar-se. Nas sessões de respiração holotrópica, que costumam ser conduzidas em grupo, a música tem uma função adicional: ela mascara os sons emitidos pelos participantes e os entrelaça em uma dinâmica estética.

A Utilização do Trabalho Corporal

A resposta física à respiração holotrópica varia consideravelmente de uma pessoa para outra. Na maioria dos casos, a respiração mais rápida suscita, no início, manifestações psicossomáticas mais ou menos dramáticas. Os manuais de fisiologia respiratória referem-se a essa resposta como "síndrome de hiperventilação". Já conduzimos sessões de respiração com mais de trinta mil pessoas e observamos que a compreensão tradicional dos efeitos da respiração acelerada está incorreta.

Há muitos indivíduos que respiram mais rápido por períodos de três a quatro horas e não apresentam a clássica síndrome de hiperventilação, mas sim um relaxamento progressivo, uma intensa excitação sexual ou até mesmo experiências místicas. Outros desenvolvem tensões em várias partes do corpo, mas nesses casos, a continuação da respiração acelerada não leva a um aumento progressivo das tensões, mas inclina-se a ser auto-limitante. Tipicamente, ela alcança um clímax seguido de profundo relaxamento.

Se a respiração, em si e por si, não levar a um bom encerramento e houver tensões residuais ou emoções não resolvidas, os facilitadores oferecem aos participantes uma forma específica de trabalho corporal que os ajuda a alcançar um melhor fechamento para a sessão. A estratégia geral desse trabalho é pedir ao respirador para focalizar sua atenção na área onde há um problema e fazer o que for necessário para enfatizar as sensações físicas existentes. O facilitador então ajuda a intensificar ainda mais esses sentimentos com uma intervenção externa apropriada.

O Andamento das Sessões Holotrópicas

A natureza e o andamento das sessões holotrópicas variam consideravelmente de pessoa para pessoa e, na mesma pessoa, de sessão para sessão. Alguns indivíduos permanecem totalmente quietos e quase sem se mover. Eles podem ter experiências muito profundas, mas dão a impressão, para um observador externo, de que nada está acontecendo ou de que estão dormindo. Outros ficam agitados e demonstram uma rica atividade motora. Experimentam tremores violentos e complexas contorções, rolam pelo espaço, assumem posições fetais, comportam-se como bebês lutando no canal do parto ou parecem com recém-nascidos e agem como eles. Outros movimentos muito comuns são engatinhar, nadar, cavar ou tentar escalar. Ocasionalmente, os movimentos e gestos podem ser extremamente refinados, complexos, bastante específicos e diferenciados. Podem parecer com estranhos movimentos de animais, imitando cobras, pássaros ou felinos predadores, associados aos sons correspondentes.

Na faixa mediana do espectro experiencial observado nas sessões de respiração holotrópica, encontram-se qualidades emocionais menos extremas e mais próximas do que conhecemos de nossa existência diária — episódios de raiva, ansiedade, tristeza, desesperança e sentimentos de fracasso, inferioridade, vergonha, culpa ou desgosto. Tipicamente, eles estão ligados a memórias biográficas: suas fontes são experiências traumáticas da primeira infância, da infância ou de períodos posteriores da vida. Suas contrapartes positivas são sentimentos de felicidade, preenchimento emocional, alegria, satisfação sexual e aumento geral do prazer.

Resultados típicos de uma sessão de respiração holotrópica são profunda liberação emocional e relaxamento físico. Após uma sessão bem-sucedida e bem integrada, muitas pessoas relatam que se sentem mais relaxadas do que nunca em suas vidas. Assim, a respiração acelerada contínua representa um método de redução de estresse, extremamente poderoso e eficaz, que conduz à cura emocional e psicossomática. Outro resultado freqüente desse trabalho é a conexão com as dimensões numinosas da própria psique e com a existência em geral. Também é essa a compreensão encontrada na literatura espiritual de muitas culturas e épocas.

Desenhar Mandalas e Partilhar em Grupo

Quando a sessão termina e o respirador volta ao seu estado comum de consciência, o acompanhante vai com ele ou ela à sala das mandalas. Esta sala é equipada com uma variedade de material artístico. Nas folhas desses blocos, há desenhos, feitos a lápis, de círculos do tamanho de um prato de jantar. Pede-se aos respiradores que se sentem, meditem sobre a experiência e então encontrem uma forma de expressar o que lhes aconteceu durante a sessão.

Não há instruções específicas para desenhar. Algumas pessoas simplesmente produzem combinação de cores, outras constroem mandalas geométricas ou desenhos e pinturas figurativas. As últimas podem representar uma visão que ocorreu durante a sessão ou um relato ilustrado com várias seqüências distintas. Em algumas ocasiões, o respirador resolve documentar uma única sessão com várias mandalas refletindo diferentes aspectos ou estágios da sessão. Em casos raros, o respirador não tem qualquer idéia do que vai desenhar e produz um desenho automático.

Mais tarde no mesmo dia, os respiradores levam suas mandalas a uma sessão de relato na qual falam sobre suas experiências. A estratégia dos facilitadores que lideram o grupo é a de encorajar um máximo de abertura e honestidade na partilha das experiências. A disposição dos participantes para revelar o conteúdo de suas sessões conduz ao desenvolvimento de vínculos (bonding) e de confiança no grupo. Isso aprofunda, intensifica e acelera o processo.

O Potencial de Cura da Respiração Holotrópica

Os resultados da respiração holotrópica são às vezes tão dramáticos e significativamente conectados com experiências específicas nas sessões que não tenho qualquer dúvida de que a respiração holotrópica é uma forma viável de terapia e auto-exploração. Nesses anos, vimos várias instâncias em que os participantes dos workshops e treinamentos conseguiram sair de depressões que os afligiam há vários anos, superar várias fobias, libertar-se de sentimentos irracionais que os consumiam e melhorar radicalmente sua autoconfiança e auto-estima. Também testemunhamos, em várias ocasiões, o desaparecimento de várias dores psicossomáticas, inclusive enxaquecas, e melhoras radicais e duradouras ou até mesmo a cura total de asma psicogênica. Em muitas ocasiões, os participantes de workshops ou treinamentos comparam favoravelmente o progresso obtido em várias sessões holotrópicas a anos de terapia verbal.

Em muitos casos, as sessões de respiração holotrópica levam a uma melhora dramática de condições físicas descritas em manuais médicos como doenças orgânicas. Dentre elas, vimos o término de infecções crônicas (sinusites, faringites, bronquites e cistites) após o desbloqueio bioenergético ter permitido a circulação sangüínea nas áreas correspondentes. Em várias instâncias, a respiração holotrópica levou a melhoras impressionantes de artrites. Em todos esses casos, o fator crítico que conduziu à cura parece ter sido a liberação de bloqueios bioenergéticos excessivos nas partes corporais atingidas, seguida por uma vasodilatação.

Em alguns poucos casos, o potencial de cura da respiração holotrópica foi confirmado por estudos clínicos conduzidos por praticantes que foram treinados por nós e usam esse método de maneira independente em seu próprio trabalho. Também já tivemos, em várias ocasiões, a oportunidade de receber retornos informais anos depois de os sintomas emocionais, psicossomáticos e físicos das pessoas terem melhorado ou desaparecido após sessões holotrópicas em nossos treinamentos ou workshops. Isso tem nos mostrado que as melhoras obtidas através de sessões holotrópicas costumam ser duradouras e antecipa a confirmação futura da eficácia desse interessante método de auto-exploração e cura.

Referências Bibliográficas
GROF, Stanislav. Psicologia do futuro. São Paulo: Heresis, 2000.

Fonte: http://www.pedrassoli.psc.br/psicologia/respholo.aspx

domingo, 4 de janeiro de 2009

Emergência Espiritual


"Se há um caminho para o Melhor,
ele exige um olhar demorado sobre o Pior."
Thomas Hardy

Emergência vem do latim emergere que significa fazer subir à superfície, vir para fora. Em seu livro "A Tempestuosa Busca do Ser", Stanislav Grof e Cristina Grof relatam a emergência espiritual que eles viveram e que através das suas experiências passaram a ajudar pessoas que estavam nesse mesmo processo.

"As Emergências espirituais podem ser definidas como estágios críticos e experimentalmente difíceis de uma transformação psicológica profunda que envolve todo o ser da pessoa. Tomam a forma de estados incomuns de consciência e envolvem emoções intensas, visões e outras alterações sensoriais, pensamentos incomuns, assim como várias manifestações físicas. Esses episódios que normalmente giram em torno de assuntos espirituais, incluem seqüências de morte e renascimento psicológico, experiências que parecem memórias de vidas passadas, sensações de união com o universo, encontro com diversos seres mitológicos e outros temas semelhantes".

O que é que detona a emergência espiritual ou crise de transformação?

Qualquer coisa pode detonar esse processo, mas as situações mais freqüentes são: uma operação, esforços físico e intelectual extremos, falta prolongada de sono, nas mulheres (nascimento de um filho, um aborto acidental ou não), doença de um filho, final de um caso amoroso, casamento, divórcio, perda de um filho, dos pais, esposa (o), quebra financeira inesperada, perda de um cargo importante, muitos fracassos na vida, experiência com drogas. Esses eventos detonadores levam muitas pessoas a sofrimentos tão profundos que a transformação interior passa a ser condição primeira em suas vidas. Elas precisam encontrar algum equilíbrio entre os seus processos consciente e inconsciente que não conseguem entender e nesse momento surge um despertar espiritual.

Um dos detonadores mais importantes e que leva a crises de transformação interior é o envolvimento profundo com várias práticas espirituais: meditação, ioga, exercícios sufistas, abertura da mediunidade, orações intensas, etc. Na realidade a emergência espiritual é um processo complexo de evolução que leva o ser a uma aceleração em busca de uma vida mais madura, equilibrada e saudável. É um anseio por Deus.

John Weir Perry, analista junguiano observa que "o espírito está constantemente lutando para libertar-se de sua prisão na rotina ou em estruturas mentais convencionais. O trabalho espiritual é a tentativa de liberar essa energia dinâmica, que precisa parar de ser abafada por velhas formas (...). Durante o processo de desenvolvimento de uma pessoa, se esse trabalho de libertação do espírito se torna absolutamente necessário mas não é realizado voluntariamente, com conhecimento do objetivo e uma dose considerável de esforço, a psique então se habilita a assumir o controle e subjugar a personalidade consciente.(...) Em vez de tolerar a estagnação, a psique pode na verdade gerar crises para forçar o desenvolvimento."

Muitas vezes o processo do despertar espiritual é sutil e gradual, a pessoa vai entrando nele sem perceber. Com o passar dos anos ao olhar para trás, nota o quanto mudou e se transformou e isso é devido à sua aceitação do processo de mudança, observando tudo como oportunidade e aprendizado. Acontece também desse processo sofrer uma aceleração, principalmente se o seu despertar espiritual não é aceito de forma consciente, então surge a crise e se transforma em emergência espiritual, as crenças são abaladas, surgem questionamentos sobre o seu jeito de ser, o seu relacionamento com o mundo externo se modifica, a sua realidade pessoal é abalada. Na realidade o seu espírito quer ir além e com isso o força a um mergulho mais profundo dentro de si mesmo, e nesse processo pode surgir a depressão, síndrome do pânico e outros desequilíbrios que são vistos pela psiquiatria como patológicos, mas que, na verdade, fazem parte de um processo de transformação que tratadas, adequadamente, tendem a desaparecer.

Quanto mais a pessoa colocar resistência a mudança, quanto mais se apegar a um tipo de vida que tem de ser mudado, mais ela sofrerá. Quanto mais quiser controlar e rejeitar o processo, mais difícil ele será, podendo surgir uma luta interna muito intensa devido ao medo de tudo aquilo que está sofrendo e que não entende. A crise se caracteriza, porque a pessoa está colocando resistência ao processo por medo, então nesse momento uma psicoterapia adequada é fundamental. Às vezes também a crise se caracteriza e perpetua por longo tempo porque a pessoa não encontra o seu caminho espiritual adequado e muitas vezes se perde numa busca externa, quando na realidade é interna e não faz a transformação do eu inferior que é tudo que ela precisa fazer.

Na realidade estamos nesse mundo num processo de evolução, de volta para Deus, mas infelizmente nos perdemos na matéria, achando que somos somente um corpo e então passamos a viver em busca de satisfazer os desejos desse corpo. Mas conforme a programação cármica de uma pessoa, é possível que ela já tenha entrado num estágio de volta para Deus mais consciente e então detonadores externos surgirão para despertá-la para isso e esse despertar vai ser fácil ou não, dependendo da resistência que colocar no processo. A resistência acontece por conta dos nossos apegos materiais no qual estamos presos por conta de crenças distorcidas que teremos que transformar e isso geralmente se torna difícil sem uma ajuda adequada. Os porões do inconsciente estão se abrindo e o que está reprimido quer ser liberado para a consciência.

Nesse processo muitas vezes surge um sentimento de solidão profundo e a sensação de que ninguém será capaz de nos entender. Sensações de desespero, angústia, visões, vidas passadas podem emergir espontaneamente. Desespero, porque não quer mais sofrer e não sabe o que fazer para sair daquele sofrimento, vontade de morrer, depressão, medo de enlouquecer. A pessoa está confusa com tantos sentimentos ou experiências estranhas, mas ela está plenamente consciente de que o processo é interno, da sua própria psique, e pronta a aceitar conselhos e ajuda.

Embora haja exceções, a psiquiatria e a psicologia tradicionais normalmente não fazem distinção entre o misticismo, uma abertura espiritual e a psicopatologia.

Esse processo de morte e renascimento psicológico é difícil e sofrido para as pessoas que o estão vivenciando, mas é imprescindível para a sua evolução. Não há como viver a Unificação com o Divino que está dentro de nós, sem nos libertarmos desse eu inferior negativo que são os nossos medos, desejos, apegos, agressividades, raivas, culpas, vaidade, orgulho, egoísmo... que estão no nosso subconsciente e que O encobre. Transformar todo o nosso lado sombra é a nossa obrigação evolutiva.

O nosso pensamento é velho, pois foi formado ao longo de todas as nossas experiências passadas, somos o que pensamos, ou seja, somos todas as nossas crenças e agimos conforme elas, infelizmente, na sua maioria são distorcidas e rígidas nos levando a uma vida limitada e sofrida. Entender o porquê e como as criamos e transformá-las é fundamental para que o crescimento do eu possa ocorrer.

Susan Thesenga em seu livro "O Eu sem Defesa" observa: "nossa experiência de vida é um reflexo exato da pessoa que somos por dentro. Sempre que a vida mostrar algum aspecto restritivo e insatisfatório, é preciso ir mais fundo na exploração do território interior, para revelar onde ficou bloqueada a possibilidade de uma vivência mais rica. Cada vez que ampliamos o território interior, a vida exterior também se amplia." Portanto, se a sua vida é limitada e sofrida não culpe o mundo, as pessoas, a família ou Deus, a resposta está dentro de você. Mude o seu eu interior que o seu mundo exterior mudará.

Segundo Sri Aurobindo, em seu livro "Uma Psicologia Maior" afirma "A Inconsciência é uma imagem invertida da superconsciência suprema: tem o mesmo caráter absoluto de ser e a mesma ação automática, mas permanece mergulhada num profundo transe involutivo; é o ser perdido em si mesmo, afundado no abismo da própria infinitude. Em vez de um repouso luminoso na Existência absoluta, há um escondimento tenebroso nessa mesma existência, as trevas veladas pelas trevas de que fala o Rig Veda, tama âsît tamasâ gûdham, que dão à Existência o aspecto de Não-Existência; em vez de uma luminosa autoconsciência intrínseca, há uma consciência mergulhada num abismo de auto-esquecimento, consciência essa que, embora seja intrínseca ao ser, não está desperta no ser."

"O subconsciente é a antecâmara do Inconsciente e posta-se entre este e a mente, a vida e o corpo conscientes."

"No subconsciente existe uma mente obscura, repleta de samskaras obstinados, de impressões, associações, noções fixas e reações habituais formadas pelo passado; existe uma vitalidade obscura, cheia de sementes de desejos, sensações e reações nervosas habituais; há uma materialidade obscura que rege e determina em grande medida o estado do corpo. Com efeito, é essa materialidade obscura uma das principais responsáveis pelas doenças; as doenças crônicas ou que se repetem com freqüência são devidas principalmente ao subconsciente, à sua memória obstinada e ao seu hábito de repetir tudo o que uma vez se imprimiu na consciência corpórea... Todas as coisas que são objeto de consciência entram no subconsciente, não na qualidade de lembranças precisas e temporariamente perdidas, mas na qualidade de impressões obscuras e obstinadas, que podem surgir a qualquer momento sob a forma de sonhos, de repetições mecânicas de pensamentos, sentimentos e ações do passado, de "complexos" manifestados em ações e acontecimentos, etc. O subconsciente é o principal responsável pelo fato de as coisas sempre se repetirem e de nada mudar, exceto na aparência."

A psicoterapia transpessoal surge como mais uma ferramenta para o alcance desse estágio sublime de evolução. É necessário que "morra" um estado antigo de viver, para que um novo eu possa surgir. Isto é conhecido como a morte do ego, que nada mais é do que a morte das estruturas de uma personalidade antiga na sua relação com o mundo, de forma que o surgimento de uma existência livre e feliz possa ocorrer. A morte do ego pode acontecer gradativamente e inclusive ao longo de várias encarnações, ou pode ocorrer de repente, conforme a intensidade colocada e a Graça de Deus. Tudo tenderá a desmoronar na sua vida, a fim de que novo eu possa surgir.

Uma vez que o processo de transformação é acionado, não parará até que tenha terminado o seu curso, ele é contínuo até que termine e pode levar de alguns meses a vários anos.

Abaixo algumas das principais formas de Emergência Espiritual que Grof cita:

Episódios de Consciência Unificadora

(Experiência de Pico denominado por Maslow) e na literatura indiana Samadhi (Consciência Cósmica). Esta é uma experiência mística que se caracteriza pela dissolução dos limites pessoais e pela sensação de união cósmica, união com todas as pessoas e com Deus. A pessoa vive uma transcendência do tempo e do espaço e uma emoção positiva indescritível. A partir dessa experiência, a vida da pessoa nunca mais será a mesma, mas plena de paz e amor. A literatura indiana está cheia de casos como esse, mas para um ocidental comum que desconhece a possibilidade de tal experiência mística, ele pode questionar sua sanidade mental e colocar resistência ao processo. Grof cita que muitas pessoas durante uma experiência mística foram mandadas para psiquiatras e tiveram sua experiência interrompida por conta de medicamentos e rotulados de pacientes psiquiátricos por toda a vida.

O Despertar da Kundalini

Também é uma experiência mística, é o despertar de uma forma de energia sutil, "o poder da serpente ou Kundalini" e que no corpo humano reside na base da espinha do corpo sutil, representada em forma de serpente, ela ao ser despertada sobe através da espinha no corpo sutil e abre os 7 chacras. Ao chegar ao sétimo, que é o da coroa, a pessoa vivencia o Samadhi ou a união com Deus. Quando essa energia é despertada através da prática de meditação intensa e com a intervenção e acompanhamento de um mestre espiritual de alto nível ou Guru, tudo irá bem e a pessoa vivenciará o samadhi ou não, mas estará protegida do perigo de uma experiência desse nível. Pode acontecer do despertar ser espontâneo, por acaso, através de drogas químicas, uma forte tensão intelectual, exercícios físicos intensos e outros e então surgir dramáticas manifestações físicas e psicológicas chamadas Kriyas e a pessoa sofrer intensas sensações de calor e energia subindo pela espinha, espasmos, tremores violentos, riso e choro involuntário, visões, luzes brilhantes, visões de santos, divindades, demônios, símbolos diversos... As manifestações emocionais vão desde o êxtase, estados de paz até ondas de depressão, ansiedade, angústia, medo de perder o controle, de morrer e de enlouquecer.

Embora essa experiência seja difícil e intensa, é de grande poder de cura e a partir daí a vida dessa pessoa não será a mesma, algo de divino penetrou nela e a busca espiritual se intensificará. Osho, no seu livro "Meditação", diz "que a pessoa teve um vislumbre da Iluminação", que ele chama de Satori. É um relance de Samadhi, segundo ele, e que vai ficar na pessoa como uma memória. Essa lembrança é que a impulsionará em busca da completa Iluminação, desde que não se apegue a ela. Afirma também "que algumas pessoas podem achar que Satori é o definitivo e ficarem presas nele, mas é um vislumbre. Satori é a promessa de que algo maior é possível para você. "O problema é que o despertar da Kundalini pode simular problemas psiquiátricos e médicos e todo um processo de transformação e cura serem rotulados de patológicos.

Experiências próximas à morte

As experiências de pessoas que chegaram próximas à morte parecem seguir um padrão conforme a literatura internacional e nacional: elas relatam terem em frações de segundos revisto toda a sua vida, a consciência se separa do corpo, se vêem muitas vezes flutuando acima da cena do acidente ou operação; várias passam por um túnel escuro em direção a uma fonte de luz de radiação e brilho inimaginável, e outras experiências mais são relatadas. Essas experiências podem ser poderosos catalisadores do despertar espiritual e da evolução da consciência, geralmente essa mudança é abrupta, mexendo com a parte psicológica de pessoas que estão totalmente despreparadas para esse fato.

Emersão de "memórias de vidas passadas"

As memórias de vidas passadas ou experiências cármicas, que se sustentam na crença da reencarnação e na lei do Karma, é um fenômeno psicológico de grande potencial de cura e transformação. Normalmente não nos lembramos das nossas encarnações anteriores, mas pode acontecer de lembranças de vidas passadas emergirem na consciência de forma espontânea, e isso pode ter um impacto profundo na psique e causar conflitos emocionais indicando também o início de uma emergência espiritual. Quando isso acontece, a procura de um profissional da área é fundamental.

O despertar da percepção extra-sensorial (abertura psíquica)

Muitas tradições espirituais e escolas místicas observam as habilidades paranormais como uma fase natural, porém, perigosa do desenvolvimento da consciência e são detonadores de uma emergência espiritual que podem se transformar em crise se não tiverem a assistência adequada. As manifestações de abertura psíquica são várias: experiências fora do corpo (são capazes de observar a si mesmas ou "viajar" para vários locais e saber o que está acontecendo), telepatia, psicofonia, clarividência, clariaudiência, comunicação com espíritos guias, canalização... Estes acontecimentos quando surgem inesperadamente na vida de pessoas que desconhecem isso, ou mesmo conhecendo, podem ser profundamente pertubadores e assustadores, já que as antigas bases de segurança são destruídas e isso gera muita angústia, além do pavor que as pessoas sentem por não entenderem o que está acontecendo com elas; ou pode acontecer o contrário: a pessoa ficar fascinada pelo fenômenos psíquicos e interpretar esses eventos como uma superioridade própria ou um chamado especial e cair no engrandecimento do ego e também ser desastroso para ela.

Experiências de encontros pessoais com OVNIs

Os relatos de pessoas que têm tido experiências com objetos voadores não identificados é impressionante, vão desde seqüestros até interações com eles, visões diurnas e noturnas de espaçonaves, etc. Grof diz "que as experiências de tais encontros têm uma importante dimensão psicológica e espiritual. Podem freqüentemente precipitar sérias crises emocionais e intelectuais que têm muito em comum com as emergências espirituais. C. G. Jung considerava esse fenômeno tão importante que fez disso um ensaio especial intitulado: "Flying Saucers: A modern myth of things seen in the skies", baseado em uma cuidadosa análise histórica das "lendas" sobre discos voadores e aparições verdadeiras que causaram ocasionalmente histeria de massa. Jung chegou à conclusão de que os fenômenos de OVNIs poderiam ser visões arquetípicas oriundas do inconsciente coletivo mais do que espaçonaves terrestres. Outros pesquisadores salientaram a similaridade dessas experiências com outros estados transpessoais e enfatizaram seu potencial de transformação. Quer essas experiências se originem em verdadeiros contatos com extraterrestres , quer dentro da psique, elas compartilham de várias características de estados transpessoais em geral e de certas formas de emergência espiritual em particular. Essas experiências ufológicas podem detonar sérias crises emocionais, intelectuais e espirituais. Pessoas entram em contato com dimensões de realidade que estão fora da percepção humana ordinária e são profundamente transformados por essas experiências.

Estados de Possessão

É uma crise psico-espiritual caracterizada por uma sensação terrível de que o seu corpo foi invadido e está sendo controlado por entidade ou energia estranha que tem características pessoais hostil e malévola; é algo que vem de fora e não pertence a sua personalidade. Isso pode se manifestar de várias formas e intensidade. Grof cita que "esses estados podem ser a força condutora por trás de uma séria psicopatologia, tal como várias formas de comportamentos anti-sociais e até criminosos, depresssão suicida, agressão assassina ou tendências autodestrutivas, impulsos sexuais promíscuos e fora dos padrões normais ou o consumo excessivo de drogas e álcool. No entanto, há razões mais importantes pelas quais o estado de possessão deveria ser considerado uma emergência espiritual. O arquétipo demoníaco que causa isso existe por sua própria natureza transpessoal, e representa um contraponto ao Divino - o que é necessário - sendo a sua imagem polar do espelho oposta ou negativa. Isso funciona também como uma tela escondendo o acesso ao Divino, como um guardião aterrorizante que figura nos portões de entrada dos templos orientais. Quando é dada a pessoa uma oportunidade para enfrentar e expressar a energia que a perturba, em um cenário de apoio e compreensão, em geral o resultado é uma experiência espiritual profunda e positiva, com um extraordinário potencial de cura e transformação. "O ideal de tratamento para esse tipo de emergência é um sério tratamento espiritual e uma psicoterapia experiencial para que sua mente subconsciente seja ativada.

As drogas e o álcool

Para muitos autores a dependência do álcool e das drogas são formas de emergência espiritual. "A jornada do viciado até o "fundo do poço" e depois até a recuperação é, em geral um processo de morte e renascimento do ego". No fundo está o desejo ardente de encontrar Deus.

"Devido a minha própria busca espiritual, a minha profissão e por ser reencarnacionista, não tenho dúvidas de que os nossos conflitos emocionais de todas as ordens (medos, raivas, culpas, fobias, pânicos...) são devidos aos nossos conteúdos cármicos mal resolvidos de vidas passadas que tendemos a repetir e que se encontram no nosso subconsciente. Esse eu inferior ao ser trazido à tona através da TVP e Renascimento, que são as técnicas transpessoais com as quais trabalho, traz explicações para as questões incompreensíveis da vida das pessoas. Elas encontram respostas para a série de dificuldades, conflitos e limitações em que se encontram, e surgem então o alívio e a eliminação completa dos sintomas. Relações familiares conflitantes são resolvidas ao serem entendidos e transformados os conteúdos cármicos entre os respectivos membros e que tendem a repetir como um impulso cego e compulsivo. Acredito que a emergência espiritual surge quando a alma, cansada de sofrer e repetir padrões emocionais conflitantes, cria em sua psique crises para forçar o desenvolvimento e acaba encontrando Deus que, no fundo, era o que buscava."

Fonte: http://www.cristinaazeredo.com/emergencias_espirituais.htm

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Onde a Ciência e o Budismo se Encontram

Um video notável em múltiplos aspectos, desde o texto até a seleção das músicas e das imagens, que nos revela de modo claro as conexões e as aproximações entre as novas descobertas científicas da Física Quântica e o que as diversas tradições místicas e espirituais, com ênfase no Budismo, já vinham nos ensinando há muito tempo, defendendo a tese de que tanto a concepção "material, racionalista e científica", como também a concepção "não-material, intuitiva e espiritual" são na verdade "duas maneiras de se entender uma só realidade". Parabenizo Gerald, o criador do video, e também JoeTheEagle pela tradução!!




Endereço no YouTube:
http://br.youtube.com/watch?v=8gxoaShPdf0

Sérgio Felipe de Oliveira e a Glândula Pineal


Foi descoberto que a Glândula Pineal integra o relógio cerebral e é responsável por todos os ritmos no organismo, por exemplo: os ritmos da reprodução hormonal, do funcionamento do sistema nervoso autônomo, dos ciclos da vida até o envelhecimento, do sono e os ritmos reprodutivos, os da fome e ainda do estado de humor.

Foi descoberto também que a Glândula Pineal é um sensor magnético convertendo ondas do espectro eletromagnético em estímulo neuroquímico.

Ainda assim, o que se pensava ser uma calcificação por perda de função é, na verdade, um interessante e complexo processo de biomineralização em que são formados cristais de apatita possivelmente implicados na regulação da captação magnética.

Também, a Glândula Pineal é importante estoque de serotonina no cérebro, substância amplamente implicada nos comportamentos psíquicos. Não bastasse as importantes funções citadas, há uma regra conhecida em neuroanatomia, indicando que quanto mais irrigada por circulação sanguínea uma área do cérebro maior é sua importância e funcionamento: a Glândula Pineal é a estrutura mais irrigada do cérebro.

A Glândula Pineal deve ser o melhor laboratório de estudos da física da relação espírito-matéria, e suas propriedades de captação de ondas do espectro eletromagnético devem estar implicadas nas funções de sensopercepção mediúnica e telepática".

Dr. Sérgio Felipe de Oliveira é médico, formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo- USP, presidente da AME de São Paulo - AMESP, diretor clínico do Pineal Mind Instituto de Saúde de SP e ministra curso de pós graduação lato-sensu Neuroanatomia Funcional e Transpessoal, no Pineal Mind Instituto de Saúde.

Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/blog/blog.asp?id=09741














quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Homem cego atravessa labirinto em estudo sobre 'sexto sentido'


O estudo sugere a existência de recursos subconsciente que podem ajudar as pessoas.

Cientistas descobriram que uma pessoa cega é capaz de se orientar em um labirinto sem ajuda usando apenas o poder de um "sexto sentido".

Em um estudo conduzido pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e publicado na revista especializada Current Biology, os cientistas observaram um homem cego que conseguiu passar por um labirinto com obstáculos sem a ajuda de uma bengala ou de qualquer pessoa.

O homem, identificado apenas como TN, usou sua intuição para andar em um corredor com cadeiras e caixas, sem esbarrar em nenhuma delas, usando mecanismos "escondidos" do cérebro.

O estudo sugere a existência de recursos subconscientes no cérebro que podem ajudar na realização de tarefas que acreditamos não ser possíveis.

TN ficou cego por causa de lesões sofridas no córtex visual nos dois hemisférios do cérebro, após uma série de derrames.

Seus olhos são normais, mas seu cérebro não consegue processar a informação enviada por eles, tornando-o cego.

O paciente, no entanto, já era conhecido por ter o que é chamado de "visão cega" - a habilidade de detectar coisas em um ambiente mesmo sem estar ciente de que consegue vê-las.

Ele responde, por exemplo, às expressões faciais de outras pessoas, mas anda com a ajuda de uma bengala para identificar obstáculos e pede ajuda a outras pessoas quando está dentro de edifícios.

Uma gravação em vídeo mostra TN completando o "circuito de obstáculos" montado pelos cientistas "sem cometer falhas", e sem a ajuda de uma bengala ou de outra pessoa.

A pesquisadora-chefe do estudo, Beatrice de Gelder, da Tilburg University, na Holanda, e da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, disse que TN "não estava ciente de que estava fazendo nada excepcional" e acreditava que tinha apenas andado em linha reta por um longo corredor.

Essa é uma mensagem importante particularmente para aqueles com lesões no cérebro, disse ela.

"Você pode perder toda a sua visão cortical, mas ainda manter alguma capacidade de se mover dentro e fora sem se prejudicar", disse ela à BBC.

"Isso mostra a importância desses antigos caminhos visuais que evoluíram. Eles contribuem mais do que pensamos para que a gente funcione no mundo real."

A pesquisa foi realizada em parceria com pesquisadores da Grã-Bretanha, Suíça e Itália.

Fonte: http://noticias.br.msn.com/artigo_bbc.aspx?cp-documentid=16197692